Ainda sobre.
"Quando a morte acontece, até que a gente se acostume, ela se repete. Muitas e seguidas vezes. Ao acordar no dia seguinte, está lá a morte de novo. A cada lembrança, outra morte. E a morte de novo, de novo, de novo. E mais uma vez. Até que em nós ela morra de fato — e isso demora.
Quando você nasceu, filho, foi parecido. Só que era vida. Toda hora a vida de novo. A cada momento olhar e ver a notícia: você nasceu. Ainda hoje é assim. Vivo. Latente. Pulso.
Acho que, por ter desejado longamente a sua vinda, e por você ter vindo justo quando não pedi; até por essa lição que vem com a morte, à qual eu tinha que arranjar contraponto, tive a sorte de aprender: fazer da sua vinda uma alegria.
E fiz. E você fez. E faz. Uma alegria que não cessa. Só cresce e fica mais bonita. "
Cris Guerra em
www.parafrancisco.blogspot.com
Ainda ouço a risada contagiante dele... Ainda tenho esperado esbarrar com ele pela rua, ou no ônibus, ou em algum barzinho... sempre rindo, da vida, dos outros, de nós! É Bruno... se eu soubesse, naquele dia (o último dia que te encontrei), teria te abraçado mais, te olhado mais, saído contigo pra rir, conversar, e quem sabe até chorar... mas não tanto quanto choramos hoje. Saudade amigo, e não passa...
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