sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

E Fídias de novo, (a)notando lindos fragmentos...

"O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor. Embora, inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento. Sem medida que eu conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza. Não tem começo, não tem fim. Rico não é o homem que coleciona e se pesa num amontoado de moedas, nem aquele devasso que estende as mãos e braços em terras largas. Rico só é o homem que aprendeu piedoso e humilde a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura. Não se rebelando contra o seu curso. Brindando antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira. O equilíbrio da vida está essencialmente neste bem supremo. E quem souber com acerto a quantidade de vagar com a de espera que deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco de buscar por elas e defrontar-se com o que não é. Pois só a justa medida do tempo, dá a justa 'atudeza' das coisas".

(Raduan Nassar - Lavoura Arcaica)

3 comentários:

  1. Confesso que fui dos únicos a não compreender o filme com o fantástico Selton Melo. Na minha solidão e cada vez mais rechaçado por quem viu, dizia não ter gostado. Não posso negar. Fui estático, um campo de força. O filme não penetrou meu corpo. As palavras ficavam soltas no ar.

    Há muito tempo quero ler o livro. Mas também não quero. E os fragmentos com os quais me deparo, me encantam. Este me emocionou.

    Cozinho o tempo ou deixo ele me dizer qual a hora certa?
    :)

    Pensei em você ontem. Só pensei.
    Bjos.

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  2. Gui,
    É... esse filme é mesmo intrigante...me intrigou..e também me emocionei com esse fragmento... que bom que te causou... :) deixa ver o que o tempo traz disso,né?
    Penso sempre em vc...
    bjo,
    Quel

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  3. Providencial. Só isso que tenho a dizer.
    Obrigado.

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